Bateu-me à porta um impulso,
Ainda com a corrente,
Através da fronteira entreaberta,
As suas
palavras vibraram
Em secretas cordas, que pensei perdidas.
Embriagado por tal carícia
Apressei-me no convite de entrada.
Mas uma voz preguiçosa
Do fundo da cozinha
Agarrou-me o
braço,
Com avisos a morder,
Foi-me
desfiando
As feições transgressoras
Do ilustre desconhecido
E a frequência
Com que tal
contexto propicia o crime.
Delicado e inconsciente, acedi.
Sem mais demoras ou explicações
Com modos de mal-educado
Preguei, por dentro,
A tampa do
caixão.
Agora em serões silenciosos,
Encosto o ouvido
À linha da minha exclusão
Na esperança
Que cedendo à insistência
Ou por zelo profissional
Bata novamente.
Persisto!
Em semelhante
procedimento,
Que vicioso me ocupa e desgasta.
Uma trocista voz desdentada
Como mão bem fechada,
No centro do
rosto,
Vai vociferando
Contra o meu comportamento
imbecil,
Entre gritos e desprezo,
Sorri-lhe todo
o corpo
Com a imagem do casulo morto
Que em espessas camadas de terra
Sem saber urdi.
Muito forte amigo, o conflito mais que profundo de uma alma. Abraços
ResponderExcluirNova postagem: www.expressaempalavrasearte.blogspot.com
ResponderExcluirAbraços
doi demais em mim te ler...
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