Mate



Um nariz altivo a tocar o céu,
Olhos reservatório de além horizonte,
Orelhas talhadas a compasso,
Parecem ouvir o sol.

Baralhado por tal espectáculo
Inspecciono sinais, constelações na pele,
Na esperança vencida de abrandar
A minha deriva.

As palavras soltam-se
Dessa boca coquette
Qual pétalas de roseiral,
Não lhes sigo o sentido!
Importam-me antes a língua,
O recife marfim dos dentes
E a amplificação suave dos lábios.

 A custo desaponta uma ilusão frágil
Sobre emoção dominada,
Fortaleço-me por de trás da testa
Contra esse sortilégio enganoso
De coração em festa.

Mas prontamente sou derrotado
Por mais um sorriso velado
Que me devolve a confusão.






2 comentários:

  1. Parece que descreves alguém orgulhoso...
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  2. O sorriso, seus codinomes,
    suas conclusões contraditórias.
    Ah, voltemos a dor do empasse.


    Seguindo-te.

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