Pesadelo luminoso



Engoliu um raio de sol,
Ao estômago nem  sinal
À boca pareceu-lhe ar

Até que na noite,
Densa de negro,
Reparou em espanto
fosforescência
Que valsava  o corpo.

A perplexidade
Pôs em causa a identidade.
Confusão! Fúria!
Desejo de a borracha apagar
A luz irreverente.

Seguiu-se o medo gélido,
De uma existência
Sublinhada a florescente

Incapaz de vomitar
 Trago de luz
Deixou-o fermentar a alma…
Raios!Espirais de ouro!
Dor de nascimento.

 A ressaca  a meias com a lucidez,
Despertou a solução. 
Um pirilampo 
Sonhou ser homem


Um comentário: