Estratégia Amorosa



Desce sobre mim um manto,
Qual camisa-de-forças,
Ou armadura protectora,
Face às incursões da tristeza.
Aos poucos o milagre do encantamento
Acena em despedida
E numa regressão estratégia
Volto ao estado de esporo.
Acabam-se as flores,
A vitalidade dos sonhos,
E o fresco espectáculo da paixão.
As oscilações do tempo,
Em desalento fundem-se
Num período de espera,
Monótono e devorador.
Recuso-me a pensar,
A fazer renda das emoções.
Por estratégia petrifico-me,
Sem perceber a minha anulação,
Nesta doente recusa de sentir.





4 comentários:

  1. gostei. fiquei imaginando um botão de uma flor se encolhendo.
    p.s.: estou te seguindo

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  2. Olá. Bacana seu espaço. Obrigada pela visitinha. Mesmo que tenha sido só para divulgar seu blog. Já estou seguindo aqui, ok. abraços.

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  3. Gostei particularmente deste teu poema. Eu faço isso isso algumas vezes...muitos de nós fazem isso alguma vez na vida...

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